Resolução do Conselho do Governo n.º 93/2017 de 10 de agosto de 2017
| Data de publicação | 10 Agosto 2017 |
| Número da edição | 81 |
| Órgão | Presidência do Governo |
| Seção | Série 1 |
O Arquipélago dos Açores foi sempre apontado como ponto de escala por excelência devido à sua localização estratégica no desenvolvimento da aviação de longo curso entre a Europa, a América e o Continente Africano.
Nos anos 20, foram-se delineando planos para a construção do aeroporto nos Açores mas só em julho de 1941 houve decisão e a escolha incidiu sobre a ilha de Santa Maria.
A concretização chegou aquando da Segunda Guerra Mundial em 1943. Os Aliados, no sentido de protegerem os seus comboios navais dos submarinos alemães no Oceano Atlântico, na zona conhecida como “Azores Gap”, traçaram um plano para construção de bases aéreas no Arquipélago dos Açores.
Em 1944 foi construída a base militar norte-americana na ilha de Santa Maria com três pistas, edifício da estação, exploração e torre de comando, sistema de abastecimento de água, sistema de esgotos, assim como alargamento da área do cais, melhoramentos nas vias de comunicação terreste e abertura de via rodoviária entre o porto e o aeródromo, a chamada Birmania Road.
A 28 de novembro de 1944, em virtude da assinatura de acordo com o Governo dos Estados Unidos, foram-lhe concedidas facilidades em Santa Maria em condições semelhantes às da Base das Lajes, visando a utilização do aeródromo por aviões que fossem para ou retornassem da Guerra do Pacífico, e mesmo por outras aeronaves que não pudessem aterrar na Terceira devido a más condições climatéricas.
A instalação dos americanos na ilha alterou a vida social, económica e cultural local. A implementação do aeródromo é indissociável do desenvolvimento das infraestruturas de apoio como aeroportuárias - rede viária, saneamento básico (rede de água e esgotos), equipamentos sociais (hotel, ginásio, igreja, cineteatro, hospital), e do surgimento do aglomerado urbano planeado e construído para alojar os militares norte-americanos e, posteriormente, os civis portugueses que trabalhavam no aeroporto de Santa Maria e as suas famílias.
O novo aglomerado urbano com ruas largas, espaços arborizados, habitação distribuída por pré-fabricados de estrutura metálica tipo hangar, moradias unifamiliares ou moradias geminadas, adota uma linguagem arquitetónica que espelha, embora numa versão modesta, as linhas do urbanismo moderno e da arquitetura dos meados do século XX, impondo uma inovação no conceito urbano da ilha e do arquipélago.
Os edifícios do designado “Lugar do...
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